With the world so set on tearing itself apart, it don’t seem like such a bad thing to me to want to put a little bit of it back together.
Muito
do que consideramos ser um bom filme tem a ver connosco. A história, que
nos diz alguma coisa. Aquela personagem com a qual nos identificamos, ou em
que identificamos outros, muitas vezes sem termos noção. As nossas
expectativas, o nosso estado emocional, o nosso momento presente.
Fui
ver Hacksaw
Ridge e saí do cinema de alma cheia, no final de uma semana marcada por
acontecimentos – as eleições nos EUA e o desaparecimento de um artista que me
diz muito -, mas penso que, ainda assim, o efeito do filme seria sempre
avassalador.
Hacksaw Ridge conta a história verídica de Desmond
Toss, que ingressou voluntariamente no Exército dos EUA, exercendo o seu
direito em não usar armas, com base
em crenças pessoais/ religiosas. Desmond foi o primeiro militar, nestas condições,
a ganhar a Medalha de Honra pelos atos de coragem e compaixão que revelou
durante a 2.ª Guerra Mundial.
É
um filme inspirador e tocante, que nos mostra o que uma só pessoa consegue
fazer, quando é feita de coragem, integridade, paixão, altruísmo e
generosidade, mesmo sem (mais) poderes especiais (curiosamente, o ator fez
também de Homem-Aranha).
Não dei pelo tempo passar, o que é mérito da realização de Mel Gibson, assim como cenas mais difíceis, que achei bastante credíveis.
Uma
última nota positiva, de versatilidade e carisma, para Andrew Russell Garfield, o ator que é também o amigo de Mark Zuckerberg em The Social
Network (2010).